Apartamento Palma
Lisboa, Portugal
Cliente
Privado
Estado
Construído
Data de projeto
2010-2011
Data de construção
2011
Área de construção
180m2
Fotografia
Localizado em Lisboa, o apartamento Palma teve como premissa principal a reestruturação total do espaço existente no sentido de criar uma nova proposta de habitar, mais fluida e adequada ao estilo de vida dos futuros habitantes. O apartamento existente conformava uma tipologia vulgar dos anos 80, onde a organização espacial se fazia com base na compartimentação dos espaços. A entrada original abria-se para um vestíbulo; a este seguia-se um hall de distribuição tripartida para a zona social, zona íntima e zona de serviços. A partir deste espaço de distribuição central, as diferentes atividades domésticas viviam separadamente.
A proposta passa pela fusão de algumas destas diferentes zonas, no sentido de dar sequência a uma nova vivência doméstica, mais espontânea e natural e menos protocolar. Cria-se assim um grande espaço central do habitar, onde tudo acontece. Com este princípio, a casa foi aberta de um extremo ao outro criando um espaço amplo que junta o espaço de serviço com o espaço social e com a zona de entrada da habitação.
Em contrapartida a esta amplitude espacial e vivencial é proposto um conjunto de paredes ocultas e deslizantes que, ao fechar, ajustam os domínios público e privado à medida das atividades pretendidas.
Propõe-se, através destes artefactos, dar sustentação às habituais mutações das vivências domésticas diárias do habitante contemporâneo.
Para reforçar a existência do grande espaço, a lareira coloca-se simbolicamente como centro unificador espacial e vivencial, visualmente perceptível em todo o espaço comum de estar, trabalhar e receber.
Toda a zona dos quartos apresenta uma segmentação relativamente convencional que resguarda o descanso e a intimidade doméstica dos seus habitantes.
A proposta do apartamento de Palma afirma a fluidez espacial e a espontaneidade vivencial, importantes para o habitante dos nossos dias. Desta forma, as atividades domésticas fundem-se com o ócio num viver contínuo e mais liberto de vínculos sociais.